Os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 completam dois anos nesta quarta-feira (8). Desde então, mais de 370 pessoas foram condenadas por participação ou incitação a essas ações.
No Vale do Paraíba e região, pelo menos cinco moradores estiveram envolvidos no episódio: Alethea Verusca, Fabrício Gomes, Felipe Rosa, Letícia Lima e Marisa Cardoso, das cidades de São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá e Ilhabela.
Confira, em ordem alfabética, as condenações e atualiza a situação judicial de cada um desses moradores:
Alethea Verusca
Residente de São José dos Campos (SP) na época dos atos, Alethea foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 6 meses de prisão. Entre os crimes estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Além disso, recebeu multa de R$ 47 mil e foi incluída no pagamento coletivo de R$ 30 milhões por danos morais. Alethea foi presa no Palácio do Planalto e obteve liberdade provisória sete meses depois. Em 2023, a Procuradoria-Geral da República solicitou sua inclusão na lista de procurados da Interpol, suspeitando que ela tenha fugido para o Uruguai.
Fabrício Gomes
Morador de Ilhabela (SP) e natural de Jacareí, Fabrício admitiu em depoimento que participou das manifestações em Brasília após integrar acampamentos em São Sebastião. Em novembro de 2023, o STF condenou Fabrício por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio e associação criminosa. A condenação destacou sua intenção de apoiar a derrubada do governo democraticamente eleito.
Felipe Rosa
De Taubaté (SP), Felipe foi preso no Quartel General do Exército em Brasília. Ele foi denunciado pelo STF por incitação ao crime e associação criminosa. Em maio de 2023, tornou-se réu. Mais tarde, teve o mandado de prisão expedido novamente por descumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Letícia Lima
Letícia Santos de Lima, também de Taubaté, estava em liberdade provisória, mas fugiu para a Argentina em 2023, onde alegou buscar asilo político. Desde então, é considerada foragida. Em julho de 2024, a Justiça determinou que a Polícia Federal analisasse os dados do celular de Letícia, como parte das investigações.
Marisa Cardoso
Professora de português em Guaratinguetá (SP), Marisa foi condenada a cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de frequentar áreas militares ou acessar redes sociais. Desde então, presta informações semanais à Justiça.
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